segunda-feira, 15 de setembro de 2008

um dia de marasmo

e todo esse pseudo-intelectualismo me enoja.
todos esses pseudo-pensadores, com pseudo-idealismos e todas essas pseudo-conversas.
Cansado dessa pseudo-massa humana.
Prefiro ser mais uma estóica aproveitando uma xícara de café a ter que discutir a temática de Woody Allen ao se vestir,
e que delícia de café.
Imagino como é montada a estrutura desses tipos de conversas: um certo alguém um dia se depara com um pensamento onde várias palavras indecifráveis (para ele) foram utilizadas, sim ele recorta e coloca no bolso.
Outro certo alguém (um pouco mais 'esperto') recorta uma matéria inteira.
E assim se dá o diálogo :
- pandas são seres inúteis, podíamos compará-los à
- sim mas se usassem chapéus..

e enquanto isso tomo aqui meu café,
e já mencionei que delícia está?


obs.: acho que vou me tornar pseudo-galinácea, vai que assim paro de menstruar.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

La Boheme

E as cortinas se fecham, o espetáculo acaba. Toda a emoção se foi, e os restos que ficaram foram as poucas lembranças do nosso sujo segredo.
Sujo, porém intenso. Intenso em cada parte em que nossos olhos se encontravam e se decifravam, em que meu batom do vermelho mais vivo borrava sua boca, e seu cheiro de cigarro misturado com perfume infestavam minhas roupas.
A máscara caiu, e os que antes se entendiam por amantes agora não passam de meros estranhos. A verdade fora revelada e nossos caminhos e esquinas não se cruzam mais. E descobrimos que a verdade dói, mais para nós do que para qualquer outro.
Triste não é a certeza da separação, e sim a incerteza de um futuro a dois.
Valeu a pena? Tudo vale a pena, a pergunta é até quanto vale a pena.
E o até quanto vira até quando, e o até quando vira jamais.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

mergulho

Estamos aqui meu amor, nessas ruas densas e frias, com o fog londrino cobrindo-nos como uma neve branca.
Até os letreiros de neon dessa vida suja e nocturna somem nesse mar de leite que se põe à nossa frente.
Sim estamos sobre ele, caminhando, como se todos os pecados desaparecessem cada vez que entramos mais fundo nesse protótipo de paraíso. E esperamos sua presença para nos esquecermos de tudo, nós dois...
...nós dois, desesperadamente nós dois.
Sinta na pele o arrepio que sinto agora, seguro sua face delicadamente deixando o cigarro de seus lábios cair, enquanto segura meus braços firmemente para nunca mais largar, e ficamos lá, sozinhos.
Você com a certeza de que há outras e mais outras, mas que quando sussuro em seu ouvido elas somem de minha mente.
E minha mente está ligada em você. E mais um sussuro com palavras que se libertam de minha boca e somem em toda essa névoa branca.
Palavras que para as outras eram apenas palavras, mas que surpreendentemente para nós fazem todo o sentido.
Me complete como eu te completo agora..