domingo, 25 de setembro de 2011

Esqueci o que ia dizer (o que ia te dizer).
Mas tudo bem, hoje é domingo...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

dói

Jurava que tinha esquecido de todos aqueles dias
(de todas aquelas noites), jurava.
...Voltaram, como uma bomba.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

POSTAGENS VELHAS

Ga era descrente, sorria sem vontade. Vivia com tudo, por nada.
Andava não, rebolava. Atraía os olhos de quem passava. Dançava.

Batom na boca, batom que marcava a muitos, mas que saía na primeira lavada.
Continuava a sorrir.

Quantas juras de amor não ouvía?
-amar, Ga.
-amar - Ga mente.

Era toda rebuliços, saía, comprava, descomprava.
Um belo par de sapatos para o verão, para o sambão, aí sim sua crença!
Um para cada estação, para toda a atenção, e dançava.
Era preocupada de nada.

Não queria filhos, não queria casa. Vivia dos outros, e quantos outros viviam por ela!
Amava café, café amargo. Prazer pra pouca gente.
Não a faltava nada.
E os outros respondiam:
-amar, Ga.
-amar - Ga mente.

Infeliz e não sabia, cheia de nada, vazia de tudo.
Íam e vinham muitos, ela sempre ficava.
Pra ficar perto de todos, dançava.
E a música tocava lentamente:
-amar, Ga.
-amar- Ga mente.



re-postando meus textos que mais gosto.