segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

tormentas

Estamos aqui parados, em um calor suportante que alarma o início do verão.
Seus olhos me atravessam enxergando todo meu interior, me decifrando em cada detalhe.
Ele sabe a verdade, sabe dizer até melhor que eu o que estou sentindo neste momento. E que por não mera coincidência era exatamente o mesmo que ele.
Me segura como se fosse completamente sua, e sou, e morde meus lábios como que isso fizesse sumir todas minhas dúvdas, e sumiram.
Todos a nossa volta somem como se ali presentes só estivéssemos nós dois, a tarde inteira.
Me abraça forte e o sinto tremer, toda sua segurança que há segundos atrás exalavam confiança se perdem ao me tocar. E sinto o mesmo.
A água da fonte que há a poucos passos alivia o calor ao tocar minhas costas, acordo.
Caminhamos por dentro das árvores, sentamos, seu olhar continua distante, tornando minha presença insignificante, reluto para achar o que o aflinge, ele cala.
O silêncio que magoa me faz facilmente perceber:
agora sou a menor de suas preocupações.

Um comentário:

Rafa. disse...

pior que ser a menor preocupação, é ter alguém,por quem se deveria ter preferencia,como opção.


precisamos conversar.
te amo