domingo, 28 de junho de 2009

Este frio, que nos lambe do nariz à ponta dos dedos, arroxeando aqueles lábios que esperam o calor de outros lábios para se manterem aquecidos.
Pincela as ruas com suas rajadas, batendo de porta em porta procurando pela menor fresta para invadir os aconchegos dos lares. Os mais educados entram lentamente, sussurando sua chegada, fazendo-nos sentir sua presença pela pele.
Nos apodera, nos domina, leva consigo todo o calor. Aquele calor que nos aquecia, aquele calor que nos afagava, deixa-nos aqui, gélidos corações.
Tão frios.

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